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Edital seleciona 200 projetos de desenvolvimento sustentável

  • Foto do escritor: Márcio Leal
    Márcio Leal
  • 26 de nov.
  • 5 min de leitura
Foto mostra mãos negras tecendo uma rede de fibra orgânica, com os textos "Teia da Sociobiodiversidade. Conectando projetos, transformando comunidades", "Inscrições: 11/11 a 16/12/2025", "Público: organizações tradicionais e locais, no campo e na cidade", "Linhas de apoio: Negócios da Sociobiodiversidade e Soluções Baseadas na Natureza" e "200 projetos de até R$ 100 mil cada".

Estão abertas, até 16 de dezembro, as inscrições de projetos na segunda chamada da Teia da Sociobiodiversidade. Serão selecionadas, pelo menos, 200 propostas com apoio de até R$ 100 mil cada, voltados à promoção do desenvolvimento sustentável de comunidades tradicionais e locais, no campo e nas cidades.


A iniciativa do Fundo Casa Socioambiental, com apoio financeiro do Fundo Socioambiental CAIXA, apoia projetos em duas linhas. A primeira trata do fortalecimento de negócios da sociobiodiversidade, que são atividades econômicas que valorizam a diversidade biológica e cultural de regiões específicas, promovendo o uso sustentável dos recursos naturais e o bem-estar das comunidades locais.


Essas iniciativas integram o conhecimento tradicional com práticas inovadoras, proporcionando alternativas de renda para as populações que vivem em áreas de grande riqueza natural, como florestas, cerrados e manguezais, assim como todos os biomas brasileiros. Ao fortalecer as cadeias produtivas locais e promover a conservação ambiental, os negócios da sociobiodiversidade contribuem para a sustentabilidade econômica, social e ambiental, respeitando e preservando a identidade cultural das comunidades envolvidas.


Nessa linha, os projetos devem estar enquadrados em um dos três eixos:


  • Eixo 1 - Estruturação e/ou melhorias na estruturação e produção agroecológica/SAFs, tendo como exemplos infraestruturas para pequenas fábricas para beneficiamento de frutas, sementes, óleos, farinhas, casas comunitárias de farinha etc.; plantio comunitário e ações voltadas para agricultura familiar e camponesa que potencializam a agroecologia e a segurança alimentar; implantação/melhorias de/em viveiros coletivos; manejo e beneficiamento de frutos da floresta; assessoria técnica para produção e beneficiamento; aquisição de máquinas poupadoras de mão de obra e/ou aquisição de EPIs; insumos para implantação de sistemas agroflorestais e hortas coletivas; etc.

  • Eixo 2 - Estruturação e/ou melhorias da infraestrutura de negócios da sociobiodiversidade que promovam a valorização da floresta em pé e manutenção de todos os biomas brasileiros, como fomento à pesca artesanal; criação de animais de pequeno porte (galinhas, suínos etc.); fomento à atividade de Ecoturismo e/ou Turismo de Base Comunitária; produção de biojoias e artesanatos; fortalecimento da culinária local; criação de abelhas e produção de mel; etc.

  • Eixo 3 - Estruturação e/ou melhorias na comercialização dos produtos de negócios comunitários, iniciativas para fortalecer atividades locais sustentáveis e que promovam a valorização da floresta e dos biomas, assim como iniciativas para regeneração econômica, desenvolvidas a partir de negócios da sociobiodiversidade, como ações que promovam ou fomentem a autonomia econômica e movimentem renda; apoio à comercialização da produção em feiras, identidade visual do produto, realização de eventos de comercialização; desenvolvimento de tecnologias que fomentem a comercialização e a conexão campo-cidade; apoio à logística para escoamento da produção; apoio à contratação de assessoria técnica (máximo 20% do valor total do projeto); etc.


Já a segunda linha trata de Soluções Baseadas na Natureza, que proporcionem benefícios sociais, econômicos e ambientais a partir da própria natureza, incluindo ações para proteger, manejar de forma sustentável e restaurar ecossistemas naturais e modificados, que abordam desafios de forma efetiva e adaptativa, promovendo o bem-estar humano e benefícios para a biodiversidade. Nessa linha, são cinco eixos:


  • Eixo 1 - Projetos com soluções baseadas na natureza para a gestão, acesso à conservação da água e saneamento dos territórios, como restauração de áreas úmidas para tratamento de águas residuais; restauração de ecossistemas aquáticos, como rios e lagos, inclusive plantio de espécies nativas nas margens e/ ou a criação de meandros que diminuam a velocidade da água e ajudem a prevenir inundações; etc.

  • Eixo 2 - Projetos com soluções baseadas na natureza para a conservação da biodiversidade e preservação de modos tradicionais e culturais de vida das comunidades, como iniciativas para combinar culturas agrícolas e vegetação significativa na mesma parcela para melhorar a segurança alimentar e manter o equilíbrio ecológico; resgate e aplicação de conhecimentos ancestrais na gestão dos recursos naturais e na produção, ou na criação de sistemas agroflorestais com espécies autóctones; etc.

  • Eixo 3 - Projetos com soluções baseadas na natureza para a adaptação e resiliência às alterações climáticas das comunidades e ambientes naturais, como implementação de sistemas de captação de água, construção de reservatórios, instalação de reservatórios de água, criação de zonas de infiltração para recarga de aquíferos e também distribuição através de canais e terraços; criação de parques urbanos e terraços verdes para proporcionar melhoria da qualidade do ar, redução da temperatura urbana e promoção da biodiversidade; concepção e construção de jardins de chuva, áreas verdes e corredores que auxiliam na retenção de água e na redução da velocidade do fluxo; implantação de canais de drenagem pluvial por meio de limpeza ou outros mecanismos que reduzam o risco de inundações e decomposição orgânica; plantações resistentes à seca, plantação de árvores perto de corpos de água para melhorar a infiltração da água, substituição de espécies invasoras por espécies nativas para melhorar a biodiversidade e a qualidade do solo; etc.

  • Eixo 4 - Projetos com soluções baseadas na natureza com uma abordagem de sustentabilidade socioambiental para o desenvolvimento de comunidades, incluindo implantação de hortas familiares e comunitárias que proporcionem segurança alimentar; promoção de práticas agroecológicas, como agricultura de regeneração, gestão integrada de pragas e diversificação de culturas; sistemas de policultura que combinam diferentes culturas na mesma parcela para melhorar a produtividade e resiliência dos sistemas de produção; turismo sustentável, atividades como turismo de natureza, observação de aves, criação de trilhas e rotas para observação da fauna e da flora silvestres, práticas de turismo sustentável que minimizem o impacto no meio ambiente e promovam a conservação da biodiversidade da natureza e gerem renda para as comunidades locais; turismo cultural, agroturismo, turismo de aventura e ecoturismo comunitário; separação de resíduos sólidos para reaproveitamento e reciclagem, que gerem oportunidades de negócios e reduzam a poluição; etc.

  • Eixo 5 - Projetos com soluções baseadas na natureza, com foco na restauração e conservação de ecossistemas, manejo sustentável de fauna e flora, como proteção e restauração de habitats naturais, e/ou implementação de práticas de gestão da vida selvagem e promoção da conservação de espécies ameaçadas; restauração e conservação de ecossistemas naturais, áreas úmidas, pântanos e florestas que sofreram alterações devido a eventos climáticos/naturais extremos, tais como enchentes, secas, geadas etc.; desenho e criação de áreas protegidas ou restrições de áreas do seu território, corredores ecológicos, mosaicos de unidades de conservação e outros; restauração de ecossistemas degradados, florestas, zonas úmidas ou áreas de fontes de água, através de técnicas de restauração ecológica e da promoção da regeneração natural; manejo de recursos florestais não madeireiros, obtidos de plantas e animais florestais, incluindo frutas, nozes, mel, plantas medicinais, óleos essenciais, fibras naturais, entre outros; etc.


Podem se inscrever organizações da sociedade civil (OSC) sem fins lucrativos, legalmente constituídas, que representem comunidades locais ou tradicionais, rurais ou urbanas, e que desenvolvam atividades de baixo impacto ao meio ambiente e que estejam conectadas com as duas linhas temáticas da Chamada. As OSCs devem ter tido orçamento institucional de até R$ 500 mil em 2024.



Resultados


A primeira chamada da Teia foi realizada no ano passado e já está transformando realidades. Segundo as 202 iniciativas apoiadas na primeira chamada, mais de 354 mil pessoas serão beneficiadas diretamente e cerca de 950 mil serão impactadas indiretamente. Mais de 150 desses projetos já eram negócios da sociobiodiversidade que precisavam de recursos para crescer, ganhar força e ampliar seus impactos positivos.


Para Cristina Orpheo, diretora executiva do Fundo Casa Socioambiental, apoiar diretamente quem vive nos territórios é o caminho mais eficaz para proteger a vida. "Investir em comunidades tradicionais e locais é reconhecer a inteligência viva dos territórios. São elas que cuidam das florestas, das águas e dos modos de vida, construindo soluções reais para os desafios socioambientais. Quando os recursos chegam diretamente às comunidades, cadeias produtivas sustentáveis se fortalecem, a autonomia aumenta e a qualidade de vida melhora. É justiça socioambiental em prática."


A Teia estimula novas formas de organização comunitária, geração de renda e conservação ambiental, por meio do apoio a organizações comunitárias, tradicionais e periféricas que valorizam espécies nativas, cultura local e práticas agroecológicas – presentes em quase metade das propostas apoiadas na primeira chamada.

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